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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Vozes múltiplas, olhares (des)centrados: Juó Bananere e o Modernismo

RESUMO

Crítica à visão do resgate apenas do sertanejo no Brasil modernista em busca da construção de si. Resgate também esses novos seres criados a partir da recepção do estrangeiro. Nesse contexto, resgate de Juó Bananere, alter ego do poeta Alexandre Marcondes Machado, que escrevia no patois falado pela colônia italiana do Brás, Bela Vista, Bom Retiro na década de 20. Análise da Poesia O Studenti Du Bó Retiro.
 
O texto encontra-se aqui.


O STUDENTI DU BÓ RETIRO

Poisia patriotica


ANTIGAMENTE a scuola era rizogna e franga;
Du veglio professora a brutta barba branga,
Apparecia un cavagnac da relia,
Che pugna rispetto inzima a saparia.
O maestro éra um veglio bunitigno,
I a scuóla era no 
Bellezigno,
Di tarde inveiz, quano cavaba a scuola,
Marcáno o passo i abaténo a sola,
Tutto pissoalo iva saino in ligna,
Uguali como un bando di pombigna.
Ma assi chi a genti pigliava o portó,
Incominciava a insgugliambaçó;
Tuttos pissoalo intó adisparava,
I iva mexeno c'oa genti chi passava.

* * *
Oggi inveiz stá tutto mudado!
O maestro é um uomo indisgraziado,
Che o pissoalo stá molto chétamente
E illo giá quére dá na gente.
Inveiz u ndí intrô na scuóla un rapazigno
Co typio uguali d'un intalianigno,
O perfilo inergico i o visagio bello.
Come a virgia du pittore Rafaello.
Stava vistido di lutto acarregado,
Du páio che murreu inforgado.
O maestro xamô elli un dia,
I priguntô: - Vuc sabe giograffia?
- Come nó!? Se molto bê si signore, -
Quale é o maiore distritto di Zan Baolo?
- O maiore distritto di Zan Baolo,
O maise bello e ch'io maise dimiro
É o Bó Ritiro!
O maestro furioso di indignaçó,
Batte con nergia u pé nu chó,
I gritta tutto virmeligno:
- O migliore distritto é o Billezigno.
Ma u aguia do piqueno inveiz,
C'oa brutta carma dissa otraveis:
- O distritto che io maise dimiro,
É o Bó Ritiro!
O maestro, viremglio di indignaçó,
Alivantô da mesa come un furacó,
I pigano un mappa du Braz
Disse: Mostre o Bó Ritiro aqui si fô capaiz!
Alóra o piqueno tambê si alevantô
I baténo a mon inzima o goraçó,
Disse: - O BÓ RITIRO STÁ AQUI!

Conjugação de Nietzsche e Walter Benjamin: A aura, o dionisíaco e o apolíneo da arte relacional

RESUMO

Análise do movimento de arte relacional, na qual as experiências e repertórios individuais estão a serviço da construção de significados coletivos, o que faz com que a participação do público seja um fator-chave na ativação ou efetivação de tais propostas, principalmente através da obra  Irmãs (2003) de Cinthia Marcelle e Marilá Dardot.

Abordagem do aspecto dionisíaco da arte e do potencial catártico que carregam em si e, consequentemente da necessidade da obra total cometer os excessos que exploram todos os limites além do bem e do mal e da necessidade niilista de não se explicar e viver intensamente em contraposição ás necessidades da aura Benjaminiana.

A arte relacional está menos no momento da interação e mais na construção do que se quer com ela, nessa busca dionisíaca pela harmonia convivial. É preciso tratar a realização como rito, provocar o dionisíaco da arte e o seu potencial catártico e almejar o apolínio.

O texto completo está aqui.